DOZE PASSAS; DOZE DESEJOS
1- Que os Estados Unidos vão dar uma volta ao bilhar grande e gostem;
2 - Que o governo peça um licença sem vencimento pelo prazo do mandato que lhe resta, a gozar no nordeste brasileiro ou em qualquer outro destino, à escolha, sem restrições;
3- Que deixem os professores educar;
4- Que deixem os juízes julgar;
5- Que deixem os médicos e outros profissionais tratar-nos da saúde (sem ironia);
6- Que os economistas trabalhem mais e falem menos;
7- Que os jornalistas sigam o exemplo dos Estados Unidos;
8- Que os comentadores padeçam, oportunamente, de lapsos de voz, sem comprimidos à mão;
9- Que se lixe o défice;
10-Que surjam verdadeiros empresários na nossa praça;
11- Que se deslocalizem todas as multinacionais para a Ilha da Páscoa, mas antes dela;
12-Que se ofereça o mercado às nossas pequenas e médias empresas, quanto mais pequenas e médias melhor.
Um sonho do Monge
quarta-feira, dezembro 28, 2005
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Sonho Marinheiro
Queria ele partir, feito marinheiro,
Da banda de cá, de uma qualquer margem,
Peito feito ao vento, afoito pioneiro,
Sem destino certo, ao sabor da aragem.
Realidade ou sonho, queria ele vogar,
Num gesto seguro, mão ferrada ao leme,
De lábios cerrados, com sabor a mar,
Dono e senhor, que ele ama e teme.
Derradeiro adeus à última gaivota,
Ilhota perdida na imensidão,
Sem olhar para trás, vai traçando a rota,
Com crua certeza fincada na mão.
Naquela deriva vai esquecendo histórias,
Sombras de passado que escreveram Vida,
Conscientemente, apaga memórias
De uma outra rota, por ele percorrida.
O Monge
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