segunda-feira, outubro 15, 2007




LEMBRAR ADRIANO


Cantar de Emigração



Este parte, aquele parte

e todos, todos se vão

Galiza ficas sem homens

que possam cortar teu pão.


Tens em troca órfãos e órfãs

tens campos de solidão

tens mães que não têm filhos

filhos que não têm pai.


Coração

que tens e sofre

longas ausências mortais

viúvas de vivos mortos

que ninguém consolará.
Adriano Correia de Oliveira
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Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira nasceu em Avintes, em 9 de Abril de 1942. Aí se iniciou no teatro amador e foi co-fundador da União Académica de Avintes.

Cursou Direito na Universidade de Coimbra, tendo sido repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta. Pertenceu ao Orfeão Académico de Coimbra, como solista, e fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra.

Foi guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica. O seu primeiro disco, "Fados de Coimbra", saiu em 1963. Dele fazia parte a balada Trova do Vento que Passa, com poema de Manuel Alegre,que rapidamente se tornou um símbolo da resistência estudantil à ditadura salazarista.
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Cantar de Emigração insere-se na obra Cantaremos, editada em 1970.

Morreu no dia 16 de Outubro de 1982, com quarenta anos, na sua terra natal. Passados serão 25 anos. Amanhã.


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