LEMBRAR ADRIANO
Cantar de Emigração
Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão.
Tens em troca órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai.
Coração
que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará.
Adriano Correia de Oliveira
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Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira nasceu em Avintes, em 9 de Abril de 1942. Aí se iniciou no teatro amador e foi co-fundador da União Académica de Avintes.
Cursou Direito na Universidade de Coimbra, tendo sido repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta. Pertenceu ao Orfeão Académico de Coimbra, como solista, e fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra.
Foi guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica. O seu primeiro disco, "Fados de Coimbra", saiu em 1963. Dele fazia parte a balada Trova do Vento que Passa, com poema de Manuel Alegre,que rapidamente se tornou um símbolo da resistência estudantil à ditadura salazarista.
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Cantar de Emigração insere-se na obra Cantaremos, editada em 1970.
Morreu no dia 16 de Outubro de 1982, com quarenta anos, na sua terra natal. Passados serão 25 anos. Amanhã.
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