quarta-feira, dezembro 03, 2008

Em prol da Ecologia e da Higiene Educativa



Não existem dúvidas. A Educação deste país está ferida de morte com causa bem conhecida: a sua ministra, a sua irredutibilidade, a sua má intencionalidade, bastante incompetência e muito desconhecimento da área que devia dominar. De resto, sabemos claramente a razão da sua escolha. E esta não foi, certamente, pugnar pelo desenvolvimento do sistema educativo, com ampla participação dos seus intervenientes, nos termos que um intrincado paradigma sócio-familiar, económico e cultural exige. Por isso, a sua competência técnica era descartável. Tinha a importância de um simples guardanapo de papel, com iguais efeitos perniciosos em termos ecológicos. O que era necessário, isso sim, era implementar um cortex definitivo e radical no orçamento para a educação, na prossecução de um objectivo que agora se comprova como um tremendo erro, que contribuiu significativamente para exacerbar o presente cenário de crise. Esse objectivo era a erradicação do, então, sacralizado défice.

Para isso, repito, não era necessária competência técnica e profundo conhecimento da área de tutela. Bastava manha, má fé, manipulação da opinião pública, arregimentação dos media, teimosia até mais não, a que muita basófia parola vulgarmente designa como "coragem política".

É evidente que este Monge pasma com a confrangedora ignorância demonstrada pela sociedade em geral acerca dos problemas, muitos e graves, com que se depara a educação no país e no mundo. Muitos encarregados de educação e outros parceiros com responsabilidade e interesse na temática opinam, de forma muito superficial e artificiosa, sobre a posição inauditamente firme dos professores no presente contexto. Pois muito bem. Paciência, persistência, costas largas e a dose certa de desdém fazem parte da resposta.

A presente conjuntura educativa é extremamente singular e requer uma abordagem delicada, abrangente e multidisciplinar. Mais do que semear ventos, desmotivações e crispações numa classe profissional cuja intervenção será decisiva na análise e resolução da vastidão e diversidade dos candentes problemas familiares, sociais e económicos que enformam a dita conjuntura, urge cativar e mobilizar professores. Em suma, reconhecer a importância de uma classe profissional cujo saber, experiência e competência não são descartáveis, ao contrário da ministra, numa estratégia de resolução.

Esta seria uma postura de bom senso, de sentido de Estado, de verdadeira defesa do interesse público. De facto, estas não são as qualidades da ministra da educação. Tão pouco do primeiro ministro que a sustém para além do razoável.

Por isso, importa continuar a luta. A bem da educação, do país e daqueles que não vêem, ou obstinadamente, não querem ver. Que alguém os ilumine.

E que se descarte quem de direito.

Palavra do Monge

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