Impõe-se, para que mantenha a coerência, que o dito partido socialista, mude nome e sigla. Diria mais, mude o, outrora, bom nome e a, outrora, boa sigla. De facto, tal partido não tem nada de socialista. Nem ideologia, nem militantes, nem acção. Os princípios que norteavam o antigo partido, o do bom nome e o da boa sigla, eram universais. Os antigos militantes eram de boa cepa, forjados nos tempos duros, em que a oposição exigia coragem, ética e carácter. Os de agora prezam pelo seguidismo, pelo carreirismo, pelo desapego a princípios norteadores sem idade. São amorfos, não têm referências e, por conseguinte, perfilham a inércia. A acção do partido é tão neoliberal, que desarmou os parceiros neoliberais assumidos, mergulhando-os em crises sem memória. Mediante um perverso efeito colateral, descaracterizou o dito, conduzindo a uma espécie de orfandade política daqueles que, tradicionalmente e em saudosos tempos, se reviam nele.
Esta opção consciente pelo neoliberalismo mereceu o aplauso de pessoas sem pergaminhos socialistas. Diz-me quem te apoia, dir-te-ei quem és.Leonor Beleza é um desses casos. Os intragáveis Emídio Rangel e Sousa Tavares, idem, idem, aspas, aspas... E muitos outros, cujo apoio só deslustra aquele que o recebe. E as pessoas vão-se afastando, pelas mais sábias e profiláticas razões. E logo esta da neoliberalicite, que é doença ruim, difícil de tratar e, mais ainda, de erradicar.
Por cá, o Monge optou pelo fato espacial, hermético, à prova de som e de imagem. Pode ser que se safe.
Palavra do Monge
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